sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Não me mintas quando dizes que não me queres magoar, não me beijes.
Não me deixes provar de novo a paixão pois sou o tipo errado de pessoa para ser feliz.
Não visites mais os meus sonhos, não aguento a ideia de sorrir sempre que penso em ti.
Não guardes o meu cheiro contigo, não me peças para ir para junto de ti.
Não me beijes.
Pois é tudo o que eu quero neste momento.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Há corações no chão do meu quarto, caídos em outras noites, bem mais escuras e frias que esta, em que as manhas tardaram a surgir, deixando assim o monstro acordado tempo de mais.
São corações rejeitados que esperam por um transplante que nunca chegará, pois estão infectados com as chagas do amor, aquele sentimento que joguei fora numa caixa de sapatos que comprei para calçar no meu funeral.
Mas.
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domingo, 24 de agosto de 2008
O monstro que me habita conheceu hoje um sentimento ao qual julgava ser imune, ao qual ele nunca pensaria ser tão vulnerável...
O meu sangue, por todas as paredes espalhado pintava um quadro de ira e frustração... Que eu esperava que tu percebesses assim que atravessasses a porta do meu quarto... Mas o monstro trancou-me cá dentro... Dentro dele... Bem dentro de mim.
Sufoquei, e a morte não veio, apenas a agonia me acompanhava, desejei morrer instantaneamente da maneira mais vil que poderia imaginar... Mas não aconteceu, apenas a agonia que me sufocava cada vez mais e mais e mais... Permaneceu comigo.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Uma historia de amor sem prefácio e qual o fim desconheço, encontrei na semana passada debaixo dos meus sapatos de sonhar, aqueles que calço para andar no céu pisando com cuidado estrelas e planetas.
Era uma bonita historia de amor, daquelas em que ninguém fala. Daquelas historias em que ninguém diz amo-te, como daquela vez em que eu não falei e tu choraste quando quiseste falar.
Daria um belo personagem, daqueles cinzentos que se arrastam pelas paginas em branco deixando nos cantos das folhas poças de sangue, fruto das suas constantes hemorragias sentimentais, mas não seria de mim que este outro escrevia.
De mim, apenas silencio, apenas o vazio, que não é tempo de romances.
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terça-feira, 12 de agosto de 2008
Perguntaste-me, um dia, qual seria o peso dos meus sonhos.
São pesados que nem pedras, naufragaram romanticamente no mar dos meus sentimentos mais negros, nunca chegando a terra firme onde mulheres carentes se regalariam pecaminosas com tamanha inocência.
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Olhando o Tejo de negro tingido, voltei a sonhar, admirando os salpicos de luz que reflectiam da ponte que leva os meus sentimentos para a outra margem.
Uma nova travessia... Para uma nova terra, onde palavras esquecidas surgem esvoaçando na neblina do rio, procurando novamente lugar no meu caderno... No meu coração.
São poucas as linhas, mas ainda assim, obrigado por te sentares do meu lado.
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