terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Corvos famintos apoderam-se do meu peito, tornando os meus sentimentos o seu banquete. São estas bicadas de angustia que não me deixam perder os sentidos, obrigando-me a assistir à morte dos meus sonhos.

No final somente restam penas, negras de morte e dor. Ainda dormente viajo colina acima, espremendo do corpo o vazio que me habita, para quando chegar onde nunca devia ter saído, consiga finalmente adormecer.

Castigo para o sonhador, que acreditava em demasia nas estrelas que via de olhos fechados, enquanto ao seu redor o mundo lhe escorria pelo corpo.

tenho penas debaixo da lingua
02:26

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A cada dia que passa fica mais frio o teu lado da cama. A falta do teu calor, atira-me novamente para noites em claro, procurando significado para o movimento dos ponteiros do relógio e outras jaulas temporais que me aprisionam o espirito.

Mudaria a minha maneira de amar, se me permitisse a tal traição de sentimentos, por ora resta-me apenas mudar a minha maneira de não amar, a minha maneira de não querer, de não desejar ter-te sempre comigo. 

Mas o quarto, que escurece a cada noite que passa, voltou a ser frequentado por fantasmas que se alimentam de saudade e tristeza, escavando em mim mais um pouco sempre que penso em ti e como sou feliz a teu lado.

Quero-te de novo aqui.

do lado esquerdo
05:36

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Corre desgovernada pelas minhas veias, a doce lembrança do sabor do teu beijo. Cresce dentro de mim a saudade do teu cheiro, do teu toque... És tu a rapariga que me visita em sonhos, que se deita a meu lado preenchendo os meus vazios, evitando assim que outras mágoas se instalem no meu coração. 

Quero-te como escreveram uns e cantaram outros, quero-te daquela forma romântica e irresponsável, que acaba sempre por trazer lagrimas á nossa vida, lagrimas que poderei secar nas paginas desta historia de amor que escrevemos juntos enquanto olhamos o tecto no escuro do teu quarto.

ensaio número um sobre um amor
01:24

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Recuso-me a abrir novamente os olhos... receio que ao deixar entrar imagens deste mundo baço e distorcido onde me encontro, descubra que tudo aquilo que vivi a teu lado, fora apenas um sonho... mais uma alucinação, que mantém em cativeiro os meus pensamentos, amordaçados, em apneia sentimental que lentamente me adormece como numa outra madrugada de solidão...

Viverei no escuro, até estar certo de que ao deixar a luz novamente tocar nos meus olhos, poderei ver-te a sorrir, caminhando para mim de alma e braços abertos esperando por um beijo que mais do que prometido é desejado...

Só então, nesse instante, poderei sentir-me novamente preenchido, colocando-te no meu novo vazio, que descobri na ultima vez que nos beijamos.

de olhos bem fechados
01:16

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alarga-se a noite... Sinto no meu peito dorido do ecoar das horas, que não virás hoje atear o rastilho da bomba-relógio que colocaste junto ao meu coração.
Terrorista Emocional que com os teus lábios detonas a paixão em mim, explodindo com toda a matéria em meu redor destruindo estas correntes que me prendem a este quarto que quero ver demolido

Nasce o dia.
Ainda estou aqui... ainda, esperando um outro final dramático para mim, diferente deste em que tudo retoma ao lugar depois de os meus olhos se fecharem como a porta deste quarto.

dinamite
04:42

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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Não me mintas quando dizes que não me queres magoar, não me beijes.
Não me deixes provar de novo a paixão pois sou o tipo errado de pessoa para ser feliz.

Não visites mais os meus sonhos, não aguento a ideia de sorrir sempre que penso em ti.
Não guardes o meu cheiro contigo, não me peças para ir para junto de ti.

Não me beijes.

Pois é tudo o que eu quero neste momento.

Não
05:58

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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Há corações no chão do meu quarto, caídos em outras noites, bem mais escuras e frias que esta, em que as manhas tardaram a surgir, deixando assim o monstro acordado tempo de mais.

São corações rejeitados que esperam por um transplante que nunca chegará, pois estão infectados com as chagas do amor, aquele sentimento que joguei fora numa caixa de sapatos que comprei para calçar no meu funeral.

Mas.

Mas
05:59

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O Quarto

quarto 210

"Hoje preciso de um pois,
preciso de um sim.
O que é que queres de mim,
hoje sinto-me assim ..."

Linda Martini - Quarto 210

O Hóspede

poeta do contra-amor e do amor mais negro

"Era como se eu fosse maior do que o que sou - como se estivesse todo dentro de algo mais pequeno do que eu - dentro e fora em simultâneo, porque ao mesmo tempo que cabia lá dentro era maior do que aquilo em que cabia."

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Considerações

ainda não me dediquei a perder tempo para evitar que o player comece a tocar sozinho

os senhores e senhoras dos links, tenham calma, tudo a seu tempo...

sem nada mais para considerar,
até amanhã.



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Silencio