Corvos famintos apoderam-se do meu peito, tornando os meus sentimentos o seu banquete. São estas bicadas de angustia que não me deixam perder os sentidos, obrigando-me a assistir à morte dos meus sonhos.
No final somente restam penas, negras de morte e dor. Ainda dormente viajo colina acima, espremendo do corpo o vazio que me habita, para quando chegar onde nunca devia ter saído, consiga finalmente adormecer.
Castigo para o sonhador, que acreditava em demasia nas estrelas que via de olhos fechados, enquanto ao seu redor o mundo lhe escorria pelo corpo.