sábado, 7 de junho de 2008
Com o atrasar do sono e o acelerar das horas, deixei-me ao abandono num outro sofá qualquer, onde descanso de outras noites passadas a dormir. Pergunto-me porque continuam os pardais a trazer-me as manhãs, se a luz me fere os olhos e a musica me apaixona...
Mais um traço para juntar a tantos outros, que sem historia se perderam numa memória empoeirada que esqueceu o primeiro dia... Que fora certamente, um dia igual a um outro dia qualquer, em que cedo acordou o amor e foi para o largo esperar a dor que atrasada e preguiçando se acomodou nos meus vazios.
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
Cerra os olhos, escuta apenas a musica, esvazia a mente e flutua dormente pelo quarto...
Deixá-mos os nossos corpos estacionados lado a lado, abandonamos a matéria que nos castiga todos os dias e damos liberdade ao espirito... é possível compreendermos-nos sem falar, sem o toque intimo que desperta os sentidos. Aqui só nos resta a verdade, algures escondida entre sonhos que ainda nos acompanham.
Com a fusão das almas extinguimos diferenças, criamos laços e partilhamos emoções... o tempo parou, deixou de existir passado e o futuro não virá nunca mais, o momento deixou de fazer qualquer sentido e morremos eternamente...
abro os olhos... estou.
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